segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Reflexão Sobre Aposentadoria

Estreia nessa sexta-feira (12) nos cinemas o filme de ação "Red: aposentados e perigosos". No longa, um ex-agente da CIA, vivido por Bruce Willis, curte sua aposentadoria em paz, quando um grupo de assassinos resolve matá-lo. Para tentar sobreviver, o personagem convoca antigos companheiros, que juntos tentarão exterminar os bandidos. Apesar do tom de comédia presente em muitas cenas, o filme levanta uma reflexão importante: como viver a aposentadoria?

Para a psicoterapeuta Célia Lima, é comum que depois de se aposentar algumas pessoas sintam-se perdidas, sem saber o que fazer. A dica para aproveitar essa fase é estabelecer metas compatíveis com a realidade de cada um. "Quando a aposentadoria está chegando, mil fantasias ou planos povoam o imaginário da pessoa e o importante é que ela esteja em dia com sua capacidade de realização, ou seja, seus desejos devem ser possíveis de tornarem-se reais", esclarece a especialista.

Segundo estudo divulgado nos EUA, pessoas que continuam trabalhando em sua área de atuação depois da aposentadoria têm mais qualidade de vida. Já os aposentados que resolvem mudar de profissão, possuem mais tendência ao estresse. A especialista acredita que só é válido trabalhar nessa fase da vida se a atividade gerar prazer e funcionar como uma espécie de hobby, onde a pessoa tenha a sensação de plenitude e dever cumprido.

"O descanso na aposentadoria não pode ser visto como sinônimo de estagnação. Esse é só o final de um ciclo e não um decreto de incapacidade. Há pessoas que precisam continuar trabalhando para complementar a renda familiar. Nesse caso, investir em sua área pode trazer mais segurança. Mas existe outro grupo que pode e deve diversificar suas atividades, indo em busca de alguma realização que ficou perdida no meio do caminho", explica a psicoterapeuta.

Antigamente, o aposentado era visto como o velhinho em fim de carreira. Nos dias de hoje essa perspectiva mudou, afinal, cada vez mais pessoas investem em atividades que ajudam a manter mente e corpo ativos, por meio de cursos, grupos de convivência, exercícios físicos e até adoção de uma alimentação saudável. "É nessa época da vida que muita gente realiza projetos que ficaram esquecidos no tempo da ativa. Se você não precisa mais trabalhar e não sabe o que fazer com o tempo livre, monte um grupo de estudos ou pratique atividades como tai chi ou yoga, no parque de seu bairro. Sua vida merece ser preenchida de forma saudável e prazerosa e a aposentadoria é uma boa oportunidade para prestar atenção nisso", ensina Célia.

A especialista acredita que até algum tempo o próprio aposentado era preconceituoso com sua condição, fazendo muitas vezes o papel do velho ranzinza. No entanto, atualmente a aposentadoria chega junto com a maturidade, mostrando que não vale a pena se dedicar a situações que provoquem desconforto.

"Acho muito delicado que os mais velhos esperem ser compreendidos justamente pelos que possuem menos experiência de vida. Os jovens podem aprender que a juventude está do lado de dentro, quando assistem os mais velhos esbanjando mocidade de alma. Não sabe como fazer isso? Aprender com os netos pode ser mais interessante que tentar ensiná-los, por exemplo. Coloque a criatividade e a imaginação para funcionar e você verá que a vida pode recomeçar todos os dias", comemora a especialista.

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